top of page
  • Foto do escritor: Psicóloga Josiane
    Psicóloga Josiane
  • 22 de mar. de 2021
  • 2 min de leitura

Atualizado: 24 de mar. de 2021


ree

Pela primeira vez eu faço Reabilitação Auditiva com uma fonoaudióloga excelente Aline que também é uma surda oralizada e compreende a vivência da surdez que é diária. Convivo com a surdez há 17 anos e somente agora consegui fazer.


A Reabilitação Auditiva nada mais é que um treinamento realizado presencialmente ou a distância na modalidade online que tem por intuito estimular o cérebro a decodificar e processar os sons que chegam por meio das vibrações sonoras com o uso dos aparelhos auditivos, coisas que a pandemia possibilitou para não deixar de cuidar da audição. Não há desculpa para não realizar.


Sim, a Reabilitação Auditiva deve ser feita com os aparelhos auditivos, porque eles devolvem parcialmente os sons que nosso cérebro não reconhecem mais. Não basta ter o diagnóstico de surdez e adquirir tecnologias auditivas, é preciso reaprender, treinar o nosso cérebro para identificar, reconhecer e discriminar os sons que chegam por meio dessa tecnologia.


Particularmente eu sofri muito nas primeiras semanas do uso dos meus aparelhos auditivos que possuem recursos de bluetooth que possibilitam ouvir ligações, músicas, áudios. Conectar com o computador, notebook para poder ouvir vídeos, músicas entre outras coisas.


Durante as primeiras semanas eu apresentei comportamentos de irritabilidades, vontade de tirar os aparelhos auditivos, uma sucessão de sustos diante dos novos sons e a quantidade deles. Foi bem difícil, mas após algumas semanas meu cérebro foi se acostumando.


Viver a surdez diariamente requer paciência diante dos inúmeros desafios que encontramos todos os dias diante de novos ambientes ou mesmo novos sons. Cada aparelho auditivo disponível no mercado possui uma tecnologia que oferece diferentes tipos de funções e microfones embutidos que podem ser de um ou três em cada aparelho. Os meus totalizam 6 porque possuo surdez severa bilateral em progressão.


Por essa razão com os aparelhos em uso chegam inúmeros sons de todas as direções possíveis, frontal, lateralmente, atrás. Com a perda de audição perdemos a capacidade de identificar espacialmente os sons e localizar de onde os mesmos vem. Por isso que a reabilitação é vital no processo de adaptação na vivência da surdez.

ree

Tenho alcançado muitos benefícios com a esse treinamento como podem ver na imagem acima. Além disso não se pode esquecer que o acompanhamento com um otorrinolaringologista e um psicólogo é importante nessa jornada que é a vivência diária com a surdez.


Faça a Reabilitação Auditiva, façam exames anualmente para acompanhar a evolução da surdez e busquem psicoterapia para lidarem com os desafios emocionais e comportamentais que a surdez traz consigo.


Psicóloga Josiane

 
 
 
  • Foto do escritor: Psicóloga Josiane
    Psicóloga Josiane
  • 21 de mar. de 2021
  • 1 min de leitura

ree

A Nara Barbosa Correia que é uma surda que ouve através de aparelhos auditivos, residente em Belo Horizonte - MG (minha conterrânea) formada em Direito me deu a honra de participar do seu quadro em seu perfil no Instagram "histórias que inspiram".


Nessa Live trocamos nossos conhecimentos, nossas dificuldades, nossas histórias, medos, angústias e lutas diárias como surdas que somos.


Ela em Belo Horizonte e eu em São Paulo com a tecnologia mais uma vez ao nosso favor nos conectamos com nossos aparelhos auditivos, usando a internet levamos informação, amor, amparo, inspiração há muitas pessoas.


Houve perguntas, dúvidas sobre como é ser uma psicóloga surda atuando para atendimento aos surdos, minha abordagem em meus atendimentos, os tipos de atendimentos que realizo diretamente da minha casa através da internet no meu "Consultório Psicológico Online". Como é possível que uma surda como eu atender pessoas através de uma profissão que exige a "escuta literal"?


Tudo isso e muito mais conto lá! Ficaram curiosos?


Acesse aqui, aprecie e inspire-se!


Importante: É preciso estar logado em sua conta para poder assistir.


Psicóloga Josiane

 
 
 
  • Foto do escritor: Psicóloga Josiane
    Psicóloga Josiane
  • 21 de mar. de 2021
  • 2 min de leitura


O Brasil é conhecido por ter o maior índice de violência doméstica cometida contra mulheres diariamente. Em 2015 foi lançado o Mapa da Violência o primeiro com registros estatísticos que quantificam e deixam claro como é difícil ser mulher em nosso país. Os dados desse Mapa foram atualizados em 2018 clique aqui para acessar.


Agora pense esses números multiplicados quando se trata de mulheres surdas que também sofrem violência psicológica, física, sexuais de seus parceiros que se veem no direito de agredir para conseguir submissão.


Essa história remonta há séculos e o patriarcado existente em nossa cultura de forma enraizada dificulta o combate e a eliminação desse tipo de postura em sociedade que coloca como "normalizante, naturalizante" certos tipos de comportamentos por parte da grande maioria dos homens que são ensinados desde de pequeno que mulher é um "ser inferior".


Não bastasse todo esse histórico citado acima ainda contamos com uma politica publica de atendimento a vitimas "DEFICIENTE" em muitos sentidos. Falta psicólogos em delegacias para receber essas vitimas, faltam interpretes de libras para os surdos que usam a língua de sinais, falta empatia e conhecimento sobre a existência de mulheres SURDAS ORALIZADAS e falta delegadas mulheres liderando as chamadas delegacias para denuncias contra a violência praticada.


Mesmo com muitos avanços como a lei Maria da Penha, a criação de delegacias voltadas para este tema, assistência e amparo para devolver dignidade a estas mulheres vitimas, ainda falta muito por parte do Estado, da população em sentido de conscientização e conhecimento de que a MULHER NÃO APANHA PORQUE GOSTA e sim porque seu EMOCIONAL já está tão abalado que e a mesma passa a acreditar que tais palavras ditas por seu companheiro são "VERDADES", o que contribui para que a mesma ache que "MEREÇA" ser tratada dessa forma.


Sem falar na VERGONHA tanta da família como da sociedade que JULGA sem piedade aquela que diante de um ato de violência não consegue denunciar seu parceiro as autoridades para que o mesmo seja enquadrado na lei. Já pararam para pensar nos filhos desse lar repleto de comportamentos de violência? Como fica uma mãe que diante da necessidade de denunciar ou recuar por ser dependente financeiramente desse parceiro?


São questões a se pensar, porque é fácil julgar, mas é preciso lembrar que o primeiro ato de violência não se inicia de forma física e sim de forma psicológica com uso de palavras que humilham, inferiorizam e diminuem a parceira diante dos filhos, dos amigos e da família.


Parece simples denunciar, mas não é quando de forma inteligente seu parceiro mina sua autoestima, sua força, seu emocional para só então partir para a violência física de fato. De qualquer forma denunciar é importante, mas mais ainda é ter apoio nas delegacias especializadas nesse tema tão complexo.



Psicóloga Josiane

 
 
 
Blog: Blog2
Fundo branco

Assine:

Mantenha-se atualizado

WhatsApp (11) 96485-3866

©2020-2025 por Josiane Serviços em Psicologia LDTA.

CNPJ - 53.793.864/0001-74

bottom of page